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Milho-Verde: A Busca da Qualidade Suprema

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Milho-Verde: Entenda os quesitos agronômicos dos híbridos para milho-verde, atributos importantes de consumo e seus mercados.

A cultura do milho verde sempre teve presença marcante no cenário do “Agro brasileiro”. Uma opção de grande valor econômico e rentabilidade para pequenos e médios agricultores. Pode ser plantado o ano todo em áreas irrigadas especialmente no outono/inverno, considerando a diversidade de ambientes de produção de milho no Brasil.

A demanda pelo produto in natura, coloca o milho como um dos alimentos mais nutritivos que existem. Pode ser consumido em espigas, cozido ou assado, na forma de curau, como sucos e ingrediente para fabricação de bolos, biscoitos, sorvetes e pamonhas.

Os grãos devem estar bem desenvolvidos, com a máxima concentração de sólidos solúveis em estágio leitoso.

O milho-verde faz parte da culinária brasileira.

Mesmo sendo uma cultura tão difundida, sempre surgem dúvidas sobre o seu manejo e, exatamente por se tratar de conceitos técnicos agronômicos, são questões extremamente necessárias para maximizar a produtividade.

Muitos produtores de milho verde já trabalham com plantios escalonados para produção o ano todo para atender os mercados e seus segmentos.

A aplicação de novas tecnologias e a evolução nas práticas de manejos na cultura do milho, tem permitido um fluxo constante do produto para a comercialização de espigas de milho verde no abastecimento de pontos de consumo.

O plantio do milho neste segmento, deve-se ter em mente que o empenho agronômico deve ser olhado como horticultura. A escolha do híbrido passa pela relevância dos atributos específicos e qualidade do produto final para atender o mercado de consumo. O milho destinado à produção de grãos não se adequa à produção de milho verde.

O planejamento e a execução das tarefas para as melhores práticas de manejo, na implantação e condução da lavoura, passam pelo preparo de solo e devidas correções (calcário e gessagem, se necessário) até a colheita. Isto é essencial para se ter sucesso nesta atividade. É horta!

Solos corrigidos, adubações equilibradas no momento certo, deve ser ponto de grande atenção por parte do produtor.

Ao longo do ciclo evolutivo da cultura, todas as práticas de manejo devem-se respeitar as fases fenológicas da planta de milho. Até a 8ª folha (inteiramente expandidas na planta), o controle de plantas daninhas, pragas, doenças e a nutrição das plantas devem ser monitoradas e aplicadas com precisão.

Para produção de milho-verde o período para colheita pode variar entre 80 e 100 dias. Entretanto em ambientes de produção com fotoperíodo de maior amplitude de luminosidade e altas temperaturas (Região Nordeste do Brasil), pode variar de 70 a 80 dias.

A população de plantas por hectare pode variar entre 45 a 55 mil plantas/ha, dependendo da época de plantio e nível de investimento em adubação. A população de plantas está relacionada também ao destino das espigas. Para o segmento de pamonha, utiliza-se população de plantas menor por hectare, mais próximo de 45 mil pl/ha.

Plantio em fileiras duplas ou fileiras gêmeas. Prática de manejo que proporciona maior padronização de espigas em tamanho, podendo obter ganhos com aumento de população de plantas por hectare com maior conforto e rendimento de colheita.

Para um maior detalhamento técnico na condução e aplicabilidade de melhores práticas de manejo na cultura do milho, veja outros artigos técnicos em nosso blog. Temas como controle de ervas daninhas, pragas e doenças, além adubações equilibradas, estão destacados para o melhor empenho agronômico para atingir altas produtividades.

O Mercado do Milho-Verde e seus Segmentos:

  • Pamonha
  • Bandeja – Redes de Supermercados – Contrato com regularidade de entregas – produtores profissionais
  • CEASA (s) ou Centros de Distribuição de espigas (compradores profissionais)
  • Supermercados, Praias, Quitandas
  • Doméstico – Feiras, livres, Sacolões, Pontos estratégicos em cidades (camionetes, kombi, etc.)
Comercialização das espigas e principais segmentos de consumo (mercados de banca, bandeja e pamonha).

Quesitos Agronômicos do Híbrido para o Segmento de Milho-Verde

Para melhor compreensão do segmento do milho verde, temos que conhecer os vários atributos intrínsecos a planta de milho, na produção de espigas que são a essência da especificidade do híbrido para atender o mercado de consumo in natura (banca, bandejas, praia etc.) e a indústria da pamonha. O programa de melhoramento na área de Sementes de Milho tem como ponto de partida primeiramente os quesitos agronômicos de adaptação do híbrido à diversidade de ambientes de produção que temos no território brasileiro. Este é um trabalho de desenvolvimento que pode chegar até 6 safras antes de lançar um híbrido no mercado. Abaixo temos listado pontos de avaliação agronômica do genótipo (híbrido) e posteriormente após a colheita das espigas vamos buscar a validação de tais atributos de comercialização.

  • Sanidade foliar e produtividade – adaptação do híbrido para as condições de temperaturas, luminosidade
  • Altura de inserção de espiga/facilidade na colheita
  • Uniformidade no tamanho de espigas – padronização de espigas para comercialização
  • Cor sabugo – sabugo vermelho (mercado de venda de espigas em praias) pode tingir a água de cozimento
  • Largura de palhas – indústria da pamonha – alguns estados as pamonhas são em tamanho maior
  • Número e maciez das palhas – importante na produção de pamonhas
  • Ponto de pamonha prolongado > no campo – maior período de colheita
BM3066 PRO3 – Colheita em São Domingos do Maranhão
  • Fácil retirada do cabelo do milho – o alinhamento das fileiras de grãos facilita a retirada dos estilo-estigmas.
  • Textura de grãos/tipo de grãos – híbridos de genética de grãos dentados apresentam maior volume de sólidos solúveis
  • Brix > 1 grau de brix é igual a 1 gr de açúcar por 100 gr de solução > sabor > brix é o que mede a doçura das frutas.
  • Rendimento de massa – importante para a indústria da pamonha
  • % de película – quanto menor percentual de película maior o rendimento de massa para a pamonha.
  • Tempo de banca prolongado (pós-colheita) – ponto de murcha estendido – tempo maior para comercialização

A evolução de Genótipos Específicos

Nova Tecnologia para supressão e controle da lagarta-do-cartucho do milho:

Conclusão

Esse mercado tem grande importância socioeconômica para o Brasil, por isso é fundamental o desenvolvimento de híbridos específicos para produção de milho-verde e disponibilizar informações técnicas de manejo para que os produtores consigam atingir a máxima produtividade com qualidade.

A Sementes Biomatrix se destaca como a única empresa de sementes de milho que se dedica ao mercado de milho-verde, com assessoria das equipes técnicas altamente especializada para dar suporte aos produtores.

Referências Bibliográficas

*Autoria de Antônio Benedetti Jr, Engenheiro Agrônomo, especialista em fisiologia da planta de milho pela ESALQ/USP e pós-graduado em gestão competitiva de negócios pela FGV. Consultor Técnico da Sementes Biomatrix.

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