BTMAX: Da pesquisa ao campo
Genética avançada na defesa do milho: descubra como BTMAX une ciência, pesquisa e inovação para proteger e dar mais rendimento à sua lavoura.
BTMAX, a biotecnologia mais eficiente para o controle da lagarta-do-cartucho foi desenvolvida em parceria com o centro de pesquisa da Embrapa Milho e Sorgo.
Depois de anos de pesquisa, buscando cepas de Bacillus thuringiensis, efetivas para o controle da lagarta-do-cartucho, alguns isolados foram selecionados e deu-se início ao processo de screeening de genes, transformação genética, seleção de eventos em laboratório casa de vegetação e a campo, até chegar ao BTMAX.
Mas o que é e como isolar uma cepa de Bt eficiente?
O Bacillus thuringiensis (Bt) é uma bactéria facilmente encontrada e isolada em diferentes substratos como solo, palhada, água, endofidicamente, dentre outras. Esta bactéria tem a capacidade de produzir proteínas tóxicas a uma gama de insetos. Proteínas cry e VIP geralmente são altamente eficazes para o controle de lepidópteros praga. Um grande dificultador deste processo é que, apesar de facilmente encontrada, nem todas as cepas têm a capacidade de produção destas toxinas. Com isso o trabalho de caracterização molecular e screening de eficiência é de suma importância para um bom estabelecimento do programa para seleção de genes.
O isolamento do Bt se dá a partir da agitação do substrato em solução salina com posterior realização de choque térmico e plaqueamento em meio de cultura específico. O choque térmico permite a seleção de novas cepas de Bt, uma vez que esta bactéria produz um esporo de resistência. Após o isolamento é realizado a testagem da cepa contra a população de inseto alvo.
Como encontrar um gene efetivo e realizar a transformação de plantas?
Após detectada uma cepa eficiente é necessário que sejam realizadas análises moleculares para identificação dos genes que produzem as proteínas inseticidas. O sequenciamento total do genoma destas bactérias é uma boa opção. Após a identificação e isolamento dos genes alvo, é iniciado o processo de transformação da planta de milho onde uma bactéria denominada Agrobacterium tumefaciens faz o trabalho de inserção do genoma da bactéria no genoma do milho.
A partir deste momento, a planta passa por um processo de crescimento e aclimatização em laboratório com condições controladas, onde passa a expressar o gene inseticida de interesse.
Como é realizado o processo de seleção de um evento elite?
Contudo, nem todas as plantas geradas têm as características desejadas de expressão desta proteína inseticida. É necessário a adoção de um rigoroso processo de seleção nestes eventos gerados. Além de ter eficácia comprovada contra os insetos praga alvo, é necessário que a planta apresente somente uma cópia da proteína inseticida inserida no genoma da planta, que o local de inserção deste gene não atrapalhe o estabelecimento, crescimento e desenvolvimento da planta. Que não seja afetado nenhuma característica física, química e morfológica das plantas, a não ser a expressão do gene de interesse. Todos estes ensaios são conduzidos em laboratório e casa de vegetação para só depois ser realizado a liberação para plantio de ensaios controlados a campo.
Quais os critérios avaliados a campo durante o processo regulatório?
Durante a condução de ensaios a campo, são gerados inúmeros resultados para respaldar todo o ensaio regulatório.
Atualmente a Comissão Técnica Nacional em Biossegurança (CTNBIO) que é o órgão que avalia os processos que envolvem Organismo Geneticamente Modificados (OGM) no Brasil é uma referência mundial. Devido aos critérios e rigor adotados durante o processo.
Durante estes ensaios são avaliados não somente a eficácia do produto a campo e sua produtividade, mas toda a parte toxicológica, bromatológica, efeito sob organismos não alvos, como por exemplo abelhas, joaninhas e outros insetos benéficos. Bem como são avaliados sua degradabilidade e persistência no solo, probabilidade de se tornar uma planta invasora dentre outros diversos parâmetros. Para isso é necessário que sejam realizados plantios nos cinco biomas nacionais para análise e elaboração do dossiê a ser avaliado pela CTNBIO.
Quais os locais BTMAX foi colocado a prova antes de ser liberado comercialmente?
No caso do BTMAX, durante os ensaios de avaliação de eficiência ele foi avaliado em diversas cidades nos estados de Minas Gerais e Mato Grosso. Já durante a análise de segurança ambiental, animal e vegetal, requerida pela CTNBIO, foram conduzidos ensaios nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Rio Grande de Sul, Mato Grosso e Bahia. E o BTMAX sempre apresentando todos os critérios de segurança e eficácia requeridos.
O que BTMAX tem para agregar ao controle de praga para o agricultor nacional?
BTMAX apresenta segurança para o controle da principal praga do milho a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) e uma eficiência secundária para o controle da broca da cana (Diatrea saccharalis). Nos ensaios conduzidos, observou-se que BTMAX apresenta uma expressão da proteína cry1Da, 25x maior do que a necessária para matar a lagarta-do-cartucho. Apresentou uma alta especificidade e excelente controle de populações de Spodoptera já resistente a proteínas já presentes no mercado.
Conclusão
BTMAX é mais uma ferramenta disponível para o produtor brasileiro para o controle desta praga que causa danos consideráveis em lavouras do todo o país. BTMAX juntamente com a adoção das diversas ferramentas de controle de pragas, hoje disponíveis no mercado, vem para agregar e dar lucratividade ao produtor nacional.
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Referências
*Colaboração de André Henrique Campelo Mourão, Pesquisador da Sementes Biomatrix, Engenheiro Agrônomo e mestre em Biotecnologia Vegetal.