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Híbridos para safrinha: características para fazer a melhor escolha

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Híbridos para safrinha: quais as características que o milho deve ter para minimizar possíveis prejuízos e garantir maior rentabilidade. 

Você sabe quais as características que deve procurar em um híbrido de milho dependendo da época de plantio? Ou sabe como escolher híbridos de milho para a safrinha?  

Entender isso é muito importante para você saber quais os melhores híbridos para a safrinha, especialmente considerando que a segunda safra os riscos são ainda maiores. 

Nesse texto você irá encontrar as respostas para essas e outras perguntas que te ajudarão a ter mais sucesso no cultivo da safrinha e a melhorar a rentabilidade da sua lavoura. Confira! 

Milho safrinha ou segunda safra 

A safrinha (segunda safra) é o período de semeadura do milho que ocorre entre os meses de janeiro a abril, após a cultura de verão, geralmente a soja. 

 Apesar do termo safrinha ter origem nas áreas restritas e de baixa produtividade dos primeiros cultivos nos Estados do Paraná e São Paulo, na década de 1970, atualmente o termo não mais caracteriza essa safra que desde 2011/12 passou a ser maior que a primeira safra de milho no Brasil. 

Produção brasileira de milho na 1ª e 2ª safras 
Fonte: CONAB (2021) – Série histórica das safras¹ 

Esse período de semeadura, em condições climáticas desfavoráveis como redução da precipitação e das temperaturas médias, requer técnicas específicas de manejo que diferem daquelas recomendadas para as lavouras de milho verão. 

Diferenças entre híbridos de milho para safrinha e verão 

Em geral, híbridos de milho para a safrinha e a safra verão são fenotipicamente muito similares, dessa forma suas diferenças visuais são quase imperceptíveis, sendo que discutiremos mais profundamente sobre isso nos próximos artigos do Blog. 

Porém, cabe ressaltar que dependendo da época de plantio, dentro do período recomendado para a safrinha, o ciclo é uma característica importante a ser considerada na escolha dos híbridos. 

 Isso pois, verifica-se geralmente um prolongamento do ciclo das plantas de milho safrinha em comparação ao milho verão, podendo chegar até um mês, devido à menor disponibilidade de calor. 

 É por isso que daqui para frente veremos quais são essas características, permitindo que a escolha do híbrido para safrinha seja a mais assertiva possível.

Como escolher híbridos para safrinha? 

Para a correta escolha dos híbridos a serem plantados na safrinha alguns fatores devem ser levados em consideração tendo em vista as peculiaridades de cada região: 

Época de semeadura 

O sucesso do milho safrinha depende, principalmente, da época de semeadura.  

Geralmente, quanto mais tarde for semeado, principalmente a partir de meados de fevereiro, menor será o potencial produtivo, devido aos riscos de restrições hídricas, baixas temperaturas, menor radiação solar e ao maior risco de perdas por geadas e/ou seca². 

 Cabe ressaltar que o planejamento do milho safrinha começa na cultura de verão, geralmente a soja, visando colher e liberar a área o mais cedo possível, predispondo a cultura do milho segunda safra a menores ricos. 

 Assim, a implantação da cultura da soja com cultivares com grupo de maturação adequado para semeadura no cedo e colheita mais precoce, além de auxiliarem no escape da alta severidade da ferrugem asiática, facilitam a implantação da cultura do milho safrinha, pois minimizam riscos. 

Pode-se, também, realizar a dessecação com o objetivo de antecipar ainda mais a colheita da cultura de verão (7 a 10 dias)4

 A latitude, altitude, tipo de solo e ciclo da cultivar são os principais fatores que influenciam a época de semeadura, sendo que na maioria das regiões a semeadura deve ser feita até o mês de fevereiro. 

Características dos híbridos para safrinha 

A escolha de híbridos de milho para a safrinha deve ser feita considerando-se as características dos híbridos, bem como as particularidades de cada região. 

Como mencionado anteriormente, por conta da irregularidade climática no período da safrinha, o ciclo é uma característica importante a ser considerada na escolha dos híbridos.  

Normalmente recomenda-se cultivares de ciclos precoces e superprecoces na safrinha.  

Porém, deve-se ter em mente que em semeadura realizada nos períodos de janeiro e fevereiro, deve-se optar por híbridos de ciclos mais longos. 

Isso porque, devido as altas temperaturas nesses meses os híbridos de ciclos superprecoces atingem o período de florescimento muito rapidamente, o que reduz a expressão de seu potencial produtivo. 

Portanto, os híbridos superprecoces devem ser preferidos nas regiões com elevada probabilidade de geada, como o Sul do Paraná, e em locais onde as chuvas são escassas a partir do mês de maio3

Associadas ao ciclo, outras características importantes que devem consideradas são: 

Ressalta-se que híbridos estáveis têm maiores condições de garantir boa produtividade na safrinha tendo em vista a instabilidade climática nesse período. Também é importante relacionar seu híbrido com o consórcio milho-brachiaria, caso queira fazê-lo. 

Fonte: Sementes Biomatrix

População e arranjo de plantas para a safrinha de milho 

Como a população de plantas possui relação positiva direta com a disponibilidade hídrica e de nutrientes, quanto maior for a disponibilidade desses recursos, maior poderá ser a população recomendada4

Tendo em vista isso, a população de plantas do milho safrinha, sob condições hídricas desfavoráveis, deve ser menor que a do milho cultivado no verão. 

Em geral, recomenda-se de 55 a 65 mil plantas por hectare em lavouras de milho safrinha implantadas na época preferencial. 

Os principais fatores que influenciam na definição da população de plantas são a época de semeadura, o porte e a arquitetura foliar do híbrido, além da adubação.  

As semeaduras antecipadas e os melhores níveis de adubação favorecem o estabelecimento de populações de plantas mais elevadas.  

Híbridos com porte baixo, folhas eretas e maior tolerância ao acamamento e quebramento de plantas são mais produtivos em populações mais densas que nas demais.  

Ressalta-se também que há grande utilização do espaçamento de 45 ou 50 cm entrelinhas na safrinha devido ao melhor aproveitamento das máquinas adubadoras/semeadoras, utilizadas para a soja com o mesmo espaçamento3.

Quais os melhores híbridos para a safrinha? 

Considerando os pontos mencionados anteriormente, como opções para a safrinha, pode-se destacar os seguintes híbridos da Sementes Biomatrix

BM 880, disponível na versão PRO3, é um híbrido que reúne características desejáveis como precocidade, estabilidade produtiva, qualidade de grãos e colmo, tolerância à mancha branca e mancha de HT ou turcicum, além de alto teto produtivo permitindo altas produtividades na safrinha. 

Os híbridos BM 709 e BM 790, disponíveis nas versões PRO2 e PRO3, são uma boa dobradinha para áreas menos e mais férteis, respectivamente. Ambos possuem ciclo precoce, colmo resistente e tolerância ao enfezamento, se constituindo como ótimas opções como híbridos para safrinha. 

Outra boa opção é o BM 270, sendo um híbrido voltado para o médio investimento com alto desempenho e ampla adaptação ambiental. Apresenta ciclo precoce e excelente qualidade de grãos. 

Temos também o BM 930, um dos lançamentos da Sementes Biomatrix, disponível nas versões PRO2 e PRO3, é um híbrido superprecoce que apresenta ótimo Stay Green, ampla adaptação e que entrega máxima produtividade no campo. 

Além disso, a Sementes Biomatrix conta com híbridos com tecnologia VIP3, os híbridos BM 970 e BM 990, híbridos superprecoces, com ampla adaptação e alto teto produtivo. 

Conclusão 

Aqui você viu as diferenças entre híbridos de milho para safrinha e verão e como escolher híbridos de milho para a safrinha, entendendo melhor essas questões e como elas refletem em sua produção. 

Também pôde ver que a Sementes Biomatrix possui híbridos que atendem as demandas da safrinha, garantindo maior segurança e maiores produtividades para a sua lavoura. Aproveite as informações e boa safrinha! 

Bibliografia 

 *Colaboração de Frederico Dellano Souza Silva, engenheiro agrônomo (IFNMG), mestre em Produção Vegetal (UFV) e doutor em Fitotecnia (UFLA), Consultor de Desenvolvimento de Mercado da Sementes Biomatrix. 

¹ CONAB. Série histórica das safras. Disponível em: https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/serie-historica-das-safras. Acessado em: 15 de fevereiro de 2021. 

 ² COSTA, R. V. et al. Comportamento de híbridos de milho na safrinha em Tocantins. Circular Técnica 258; EMBRAPA, Sete Lagoas, 2019. 

³ DUARTE, P. A. Milho safrinha se consagra e caracteriza um sistema peculiar de produção. Visão Agrícola, nº 13, 2015. 

4 BORÉM, A. et al. Milho segunda safra. In: BORÉM, A. (Ed.). Milho: do plantio à colheita. 2ª ed. Viçosa: UFV, 2017. p. 210-228.  

2 COMENTÁRIOS

    • Olá Izabel. Obrigado pela sua pergunta. Não existe uma relação direta entre precocidade do híbrido e investimento. Geralmente, o que ocorre é um maior ou menor investimento em detrimento da época de plantio, sendo que quanto mais tarde for semeado o milho menor será o nível de investimento adotado pelo produtor devido aos riscos mencionados no artigo e, consequentemente, pela possibilidade de maiores prejuízos. Também é comum a adoção de maior nível de investimento para híbridos simples quando comparado aos híbridos duplos e triplos.

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